E quando chove ? O ardúo trabalho do agente de trânsito nestes dias e na época das chuvas em SP.

Foto de autoria desconhecida porem sem direitos autorais por se tratar de imagem de empresa publica do municipio de SP.

    Minha nossa, quem mora em São Paulo sabe o que isto quer dizer. A antiga terra da garoa de alguns anos pra cá já não sabe o que é garoa e sim tempestades, trovoadas e chuvas torrenciais. As coisas mudaram a cidade também, devido ao crescimento desenfreado e a impermeabilização do solo dessa gigantesca cidade quando a chuva vem não tem para onde a água ir, ou seja, ela fica vagando de uma rua ou avenida pra outra até achar um espaço dentro das galerias fluviais isso quando encontra espaço nelas, tudo isso prejudicado devido a grande quantidade de lixo e dejetos que se encontram nelas, não só por culpa ou responsabilidades dessa ou daquela repartição e sim por culpa de nós mesmos, que nunca pensamos no que um papelzinho ou pequeno objeto atirado ao solo pode causar, estes se juntando com os milhares de outros deixados lá por nosso próprio povo. 

    Bem eu até poderia dizer que esse ou aquele cidadão não faz isso, mas todos nós sabemos que é uma vergonha o que todos nós brasileiros fazemos, ai você pode dizer, mas a culpa é das autoridades que deixam essa sujeira se acumular, que não secria mecanismos para impedir que isso ocorra, é verdade, pode até ser, mas o que você diria se alguma autoridade estabelece-se uma multa pra quem suja a cidade ou joga um papel no chão, será que você não iria dizer, olha lá mais uma multa pra gente pagar, ai você diz, mas não tem lixeira pra jogar o lixo?

Foto : Alexandre Trindade  (livre de dieitos autorais )

Meu amigo olha, eu sou novo, não tenho muita idade, mas eu tenho certeza que se juntassem a quantidade de lixeiras que os prefeitos de SP já instalaram na cidade desde que eu nasci e foram depredadas pela população, roubadas e ou estragadas por esses maus cidadãos, com certeza daria pra encher um grande estádio de futebol até a boca ou muito mais, então a culpa é de quem? é complicado não é mesmo?

Bem existem milhares de alternativas na cabeça de cada um de nós, algo vai ter que ser feito, o primeiro passo seria nós mesmos fazermos a nossa parte, já seria um excelente passo a ser dado para evitar com que tantas enchentes e transtornos fossem causados a nós mesmos.

  

Enquanto isso não muda nós aqui agentes da  CET ficamos arrepiados quando começa a chover, sabemos que existem muitos pontos cruciais na cidade, esses característicos por alagamentos, então temos de agir de forma preventiva, já temos isso mapeado, materiais de canalização já ficam postados nesses locais com a finalidade de se agilizar uma possível intervenção a nível de bloqueio ou desvio do transito visando a minimizar maiores transtornos para a vida do transeunte que por ali possa passar e acabar ficando preso dentro de um alagamento.

   Alem desse processo de prevenção, equipes são deslocadas para pontos cruciais da cidade ou da região afetada pelas chuvas com a intenção de vistoriar possíveis transtornos acarretados pela chuva como :  veículos quebrados, acidentes causados pela falta de visibilidade, aquaplanagem, colisões, lentidões, quedas de arvore e muitas outras ocorrências que as chuvas fortes causam, alem disso nesses pontos alagados equipes da CET sempre estarão posicionando bombas de sucção visando a eliminar a enchente naquele local o mais rápido possível.

Foto de autoria desconhecida porem sem direitos autorais por se tratar de imagem de empresa publica do municipio de SP.

   Ai você deve estar pensando, mas isso é um exageiro, ai eu digo:  isso é só um detalhe. A nossa vida ou rotina diária de trabalho quando chove forte ou fraco aqui em SP se transforma sem duvida nenhuma em uma guerra, a quantidade de ocorrências e de transtornos para nós da CET se multiplica no mínimo por 10, comparadas há um dia normal.

Foto de autoria desconhecida porem sem direitos autorais por se tratar de imagem de empresa publica do municipio de SP.

Como se não bastassem a quantidades de acidentes aumentarem, o transito ficar mais lento, acontecerem enchentes, alguns semáforos acabam sendo danificados por raios, trovões e relâmpagos, alguns entram em curto devido à infiltração de água, e alguns se desligam por interrupção no fornecimento de energia elétrica de algumas regiões ou locais ocasionados por inúmeros acontecimentos derivados de tais chuvas.

    Pois é, e com isso lá vamos nós pra tais cruzamentos em baixo de chuva, na escuridão às vezes, para operacionalizar com gestos e apitos até que se restabeleça o funcionamento dos mesmos, com isso, minimizando o risco de acidentes, salvando vidas, minimizando o crescimento de lentidões e o transtorno na qualidade de vida de todo cidadão que por ali venha a passar.

Foto de autoria desconhecida porem sem direitos autorais por se tratar de imagem de empresa publica do municipio de SP, a imagem do agente de costas é deste blogueiro .

Ai você deve estar se perguntando, mas eu vejo muitos marronzinhos em vários locais quando o tempo está bom, e basta chover eles desaparecem, se escondem, não ficam na chuva para orientar o trânsito.

É verdade você não vê, e sabe porque ? O fato de você meu caro leitor não nos ver aonde está acostumado, lá no meio de um cruzamento onde você sempre passa e vê um de nós não é a chuva, por estar chovendo, não é por sermos de sorvete como muitos já disseram e dizem , não e porque derretemos com água de chuva etc, ou por sermos gatos e não gostarmos de água e sim por estarmos em outros locais deslocados dos locais habituais e trabalhando duro, onde há necessidade prioritária de nossa presença, embaixo de chuva sim, pois sabemos o quanto é importante nos sacrificarmos para melhorar a qualidade de vida de vocês e evitar que muitos não cheguem em casa com segurança na hora em que deveria.

Caso você não saiba temos gente nos fiscalizando diariamente e essas pessoas não dão moleza para nós, sempre que houver necessidade funcional de estarmos em baixo de chuva lá estaremos para servi-los, quando o local onde estamos está com transito bom, com transito rápido temos que nos precaver a nível de segurança quando chove, pois o risco de acidente em pista molhada é muito grande e somos alvo de possíveis veículos que venham a se perder do seu rumo e a nos ferir ou atropelar nos pontos em que costumamos ficar, mesmo sendo em calçadas, o risco existe também, mas bem menor em dias normais, então acabamos por ficar em locais mais seguros, mas sempre visualizando o cruzamento, às vezes temos a sorte de ter um toldo ou uma laje estendida que acaba nos dando abrigo, mas sempre de olho na nossa função.

Foto : Alexandre Trindade ( Todo o bloqueio efetuado na região foi feito por este agente e blogueiro em uma das chuvas mais fortes que ja ví ) O veículo que se encontra ali ja se encontrava quebrado minutos antes do incio da chuva e do alagamento .

É muito triste nós chegarmos em casa depois de um dia de trabalho duro, horas em baixo de chuva, nos arriscando e nos empenhando por todos vocês e escutarmos de nossos entes queridos que fomos massacrados por muitos dizendo inverdades a nosso respeito no rádio, na TV ou em qualquer outro veiculo de comunicação, como: eu não vi um marronzinho o dia todo hoje, estava chovendo, esses caras desaparecem quando chove, só sabem multar e por ai vai uma batalhão de acusações.

   

Para finalizar, gostaria de deixar claro que chuva é sinônimo de batalha pra nós, sabemos que problemas virão, e sempre estaremos trabalhando duro em algum local para melhorar a sua qualidade de vida, pois temos orgulho de fazer isso, não entramos aqui na CET ou em qualquer outra empresa de Trânsito para ficarmos escondidos, ou para ter medo de chuva, na verdade enfrentamos tudo, sol quente, chuva, frio, poluição, barulho, ofensas, arriscamos nossas vidas no meio de uma avenida, não fugimos do que nos propusemos a fazer, sabíamos que teríamos de lidar e enfrentar tudo isso uma semana depois que estávamos trabalhando na empresa, com certeza isso não nos faz mal, pelo contrário faz bem se sentir útil e ajudar ao próximo, entretanto muito mal, não sermos reconhecidos por isso, porem vamos continuar fazendo a nossa parte acreditando que uma dia seremos reconhecidos.

    Espero que você não continue pensando ou pré-julgando o que estamos fazendo quando chove depois de ler este texto, você não é obrigado a acreditar em minhas palavras, mas eu precisava dizer, este texto tem mais de 4 anos guardado, alias eu tenho um livro escrito que conta tudo o que fazemos por você, afinal você não sabe e nunca ninguém te disse , este é só um capitulo, nosso trabalho é muito ingrato, ajudamos e somos criticados, fazer o que ? Repito : ninguém sabe o que fazemos, eu to tentando com este texto, mas poucos irão ler, se você leu eu lhe agradeço mesmo que venha me questionar, já é meio caminho andado.

Foto de autoria desconhecida porem sem direitos autorais por se tratar de imagem de empresa publica do municipio de SP. ( O agentes na foto removiam arvores e galhos na Av. Washington Luis em frente ao aeroporto de congonhas sendo um destes este blogueiro. A avenida se encontrava totalmente intransitavel devido a queda de uma arvore no sentido bairro centro com ocupação total e outros agentes trabalhavam no local para liberar o trânsito após fortes ventos e chuva na cidade de SP .)

 Espero que durante esse inicio de verão e época de chuvas, nós possamos ajuda-lo quando precisar ou que melhor ainda, você esteja na sua casa confortavelmente sem tomar chuva ou sem ter ficado preso em uma lentidão ou alagamento, graças a um de nós ou graças a você mesmo, que desde muito tempo não mais jogou ou viu alguém jogar um papel ou objeto na rua, evitando e minimizando enchentes e com a visão de que a sua casa se estende por onde quer que você vá ou qualquer outro ser humano posa chegar, ir ou vir, e por isso,  você agirá nas ruas ruas jogando o lixo no lixo, como age dentro da sua própria casa.

Bom inicio de férias, de verão e sorte pra nós!

 Este texto é inelegível para ser protegida por direitos autorais (Copyrights), e, por conta disso, está em domínio público, já que possui apenas informações de propriedade comum, sem autoria delimitável.

Autor : Alexandre Trindade  (Texto de domínio público porem, obrigatória divulgação de seu autor sem alterações em seu conteúdo)